terça-feira, 14 de outubro de 2014

Resenha do livro "A Seleção", de Kiera Cass.



Antes de mais nada, devo deixar bem claro que "A Seleção" é o tipo de história que você não vai querer parar de ler por nada. É completamente viciante! Trata-se do primeiro livro da trilogia da escritora norte-americana Kiera Cass, lançado em 2012. 

A narrativa segue uma literatura distópica, isto é, passa-se em um mundo alternativo com uma realidade diferente do nosso. O país no qual a história se desenrola trata-se de Illéa: uma monarquia na qual a sociedade é dividida em castas, numeradas de Um a Oito (quanto menor o número, maior o grau de importância). A personagem principal é America Singer, uma jovem que pertence a casta Cinco e vive na província de Carolina. Por pertencerem a uma casta inferior, America e sua família possuem uma situação financeira não tão boa, no entanto melhor que as demais castas abaixo. Além disso, eles são destinados a viver de arte: desde a música, até a pintura. 

Tudo começa quando o príncipe Maxon Schreave completa 18 anos e seus pais decidem que chegara a hora de escolher a garota que será sua futura esposa e, portanto, futura princesa. Para isso, eles iniciam o que chamam de A Seleção. Deste modo, enviam cartas para todas as províncias, a fim de convocar as meninas de todas as castas para enviarem seu formulário de inscrição. A família de America recebe esta carta. Porém, a jovem se recusa a participar da seleção. O motivo que está por trás desta recusa é o seu namoro secreto com Aspen Leger, pertencente à casta Seis. E justamente por pertencer à casta Seis, é quase impossível que o relacionamento entre os dois dê certo. 

Apesar do seu amor por Aspen, America tem consciência de que participar da Seleção trará ótimos benefícios para sua família; não só financeiros, mas também sociais. Diante disso, a jovem fica numa cruel dúvida: abandonar Aspen e tudo que eles poderão viver juntos ou não entrar para a Seleção e privar sua família de um vida melhor? 

Finalmente, America se decide: irá, sim, participar da Seleção. Porém, paralelo a isso, seu namoro com Aspen chega ao fim, deixando o coração da menina em pedaços. Embora triste, America não volta atrás em sua escolha e permanece disposta a enfrentar o que está por vir. Ela, junto com 34 meninas das demais províncias, irão para o palácio conviver com o príncipe Maxon. Detalhe: tudo será filmado e transmitido pela televisão, para que a população de Illéa possa acompanhar o concurso. A Seleção durará até o momento em que o jovem príncipe, enfim, escolher a sua amada. 

O problema é que, diferentemente das outras garotas, America não está na competição para conquistar o coração do belo Maxon; mas, sim, para que sua família possa ser beneficiada durante o período em que ela estiver ali. Assim, estar no palácio, rodeada de cuidados, vestidos belíssimos e com a possibilidade de casar-se com o príncipe, pode ser o sonho de qualquer garota; mas, para ela, aquilo não passa de um pesadelo. 

Logo, America conhece o príncipe pessoalmente e acaba descobrindo que ele não é nada do que ela imaginava de negativo. Pelo contrário, ele é educado, gentil e engraçado. Além de lindo, claro. Ainda assim, a moça não se apaixona perdidamente por ele, porque seu coração continua preso a seu antigo amor. No entanto, America passa a enxergar o príncipe como seu refúgio e, até mesmo, confidente. O contrário também ocorre, embora Maxon não a veja só como uma amiga. Eles fazem um acordo e a partir deste acordo a relação entre os dois se torna sólida e sincera. 

O legal do livro é que o leitor sente como se estivesse unido à America e passa a viver junto com ela esta aventura de ter que se habituar à uma realidade completamente diferente da dela; ter que lidar com suas concorrentes (desde as mais dóceis, até as mais competitivas); e, o mais importante, ter que se relacionar com o príncipe, mesmo correndo o sério risco de se apaixonar.

Ler "A Seleção" é estar sujeito o tempo todo a um turbilhão de sentimentos, surpresas e, claro, à constante curiosidade em saber, afinal, qual será a escolhida. Além disso, você passa a sofrer junto com America a dor de ter um coração dividido entre o passado e o futuro, isto é,  entre Aspen e Maxon. 


O que gostei muito em "A Seleção" é que, embora seja um livro de romance, ele consegue oscilar entre a leveza e a ação, levando o leitor a um misto de emoções. Ele também mostra a realidade de uma sociedade dividida em castas que, mesmo se tratando de uma ficção, não está muito longe da desigualdade social em que vive o mundo. 

"A Seleção" é tão incrível que eu cheguei a ler os últimos capítulos devagarzinho só para não ter que sofrer quando chegasse o fim. Mas o fim chegou e, óbvio, tive o meu momento de depressão-pós-término-de-livro. Mas passou rápido, porque lembrei que, na verdade, a história continua. Ainda tem "A Elite" e "A Escolha". 

Se eu estou ansiosa para ler os próximos livros? Não, só um pouquinho, quase nad... MENTIRA!!! Estou mais que ansiosa, estou ansiosíssima para descobrir o futuro da America! E, quando eu descobrir, venho aqui fazer resenha para vocês. 

Beijos, e espero que tenham gostado! Comentem o que acharam e me indiquem livros para que eu possa ler. 


"Não queria ser da realeza.
"Não queria ser da realeza.
Não queria ser Um.
Não queria nem tentar."
 

2 comentários:

  1. Oi Leticia, ja estou louca pra ler, obrigada pela dica!

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    Respostas
    1. Leia mesmo! Tenho certeza de que você vai gostar. :D Beijão!

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