Antes de mais nada, devo deixar bem claro que "A Seleção" é o tipo de história que você não vai querer parar de ler por nada. É completamente viciante! Trata-se do primeiro livro da trilogia da escritora norte-americana Kiera Cass, lançado em 2012.
A narrativa segue uma literatura distópica, isto é, passa-se em um mundo alternativo com uma realidade diferente do nosso. O país no qual a história se desenrola trata-se de Illéa: uma monarquia na qual a sociedade é dividida em castas, numeradas de Um a Oito (quanto menor o número, maior o grau de importância). A personagem principal é America Singer, uma jovem que pertence a casta Cinco e vive na província de Carolina. Por pertencerem a uma casta inferior, America e sua família possuem uma situação financeira não tão boa, no entanto melhor que as demais castas abaixo. Além disso, eles são destinados a viver de arte: desde a música, até a pintura.
Tudo começa quando o príncipe Maxon Schreave completa 18 anos e seus pais decidem que chegara a hora de escolher a garota que será sua futura esposa e, portanto, futura princesa. Para isso, eles iniciam o que chamam de A Seleção. Deste modo, enviam cartas para todas as províncias, a fim de convocar as meninas de todas as castas para enviarem seu formulário de inscrição. A família de America recebe esta carta. Porém, a jovem se recusa a participar da seleção. O motivo que está por trás desta recusa é o seu namoro secreto com Aspen Leger, pertencente à casta Seis. E justamente por pertencer à casta Seis, é quase impossível que o relacionamento entre os dois dê certo.
Apesar do seu amor por Aspen, America tem consciência de que participar da Seleção trará ótimos benefícios para sua família; não só financeiros, mas também sociais. Diante disso, a jovem fica numa cruel dúvida: abandonar Aspen e tudo que eles poderão viver juntos ou não entrar para a Seleção e privar sua família de um vida melhor?
Finalmente, America se decide: irá, sim, participar da Seleção. Porém, paralelo a isso, seu namoro com Aspen chega ao fim, deixando o coração da menina em pedaços. Embora triste, America não volta atrás em sua escolha e permanece disposta a enfrentar o que está por vir. Ela, junto com 34 meninas das demais províncias, irão para o palácio conviver com o príncipe Maxon. Detalhe: tudo será filmado e transmitido pela televisão, para que a população de Illéa possa acompanhar o concurso. A Seleção durará até o momento em que o jovem príncipe, enfim, escolher a sua amada.
O problema é que, diferentemente das outras garotas, America não está na competição para conquistar o coração do belo Maxon; mas, sim, para que sua família possa ser beneficiada durante o período em que ela estiver ali. Assim, estar no palácio, rodeada de cuidados, vestidos belíssimos e com a possibilidade de casar-se com o príncipe, pode ser o sonho de qualquer garota; mas, para ela, aquilo não passa de um pesadelo.
Logo, America conhece o príncipe pessoalmente e acaba descobrindo que ele não é nada do que ela imaginava de negativo. Pelo contrário, ele é educado, gentil e engraçado. Além de lindo, claro. Ainda assim, a moça não se apaixona perdidamente por ele, porque seu coração continua preso a seu antigo amor. No entanto, America passa a enxergar o príncipe como seu refúgio e, até mesmo, confidente. O contrário também ocorre, embora Maxon não a veja só como uma amiga. Eles fazem um acordo e a partir deste acordo a relação entre os dois se torna sólida e sincera.
O legal do livro é que o leitor sente como se estivesse unido à America e passa a viver junto com ela esta aventura de ter que se habituar à uma realidade completamente diferente da dela; ter que lidar com suas concorrentes (desde as mais dóceis, até as mais competitivas); e, o mais importante, ter que se relacionar com o príncipe, mesmo correndo o sério risco de se apaixonar.
Ler "A Seleção" é estar sujeito o tempo todo a um turbilhão de sentimentos, surpresas e, claro, à constante curiosidade em saber, afinal, qual será a escolhida. Além disso, você passa a sofrer junto com America a dor de ter um coração dividido entre o passado e o futuro, isto é, entre Aspen e Maxon.
O que gostei muito em "A Seleção" é que, embora seja um livro de romance, ele consegue oscilar entre a leveza e a ação, levando o leitor a um misto de emoções. Ele também mostra a realidade de uma sociedade dividida em castas que, mesmo se tratando de uma ficção, não está muito longe da desigualdade social em que vive o mundo.
"A Seleção" é tão incrível que eu cheguei a ler os últimos capítulos devagarzinho só para não ter que sofrer quando chegasse o fim. Mas o fim chegou e, óbvio, tive o meu momento de depressão-pós-término-de-livro. Mas passou rápido, porque lembrei que, na verdade, a história continua. Ainda tem "A Elite" e "A Escolha".
Se eu estou ansiosa para ler os próximos livros? Não, só um pouquinho, quase nad... MENTIRA!!! Estou mais que ansiosa, estou ansiosíssima para descobrir o futuro da America! E, quando eu descobrir, venho aqui fazer resenha para vocês.
Oi Leticia, ja estou louca pra ler, obrigada pela dica!
ResponderExcluirLeia mesmo! Tenho certeza de que você vai gostar. :D Beijão!
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