sábado, 13 de outubro de 2018


sexta-feira, 31 de março de 2017

Carta aberta às mulheres, estudantes e profissionais, que compõem a UFRN

(Foto: Internet / Letreiro Campus Universitario - UFRN)
       Queridas mulheres,
Hoje não é o dia 8 de março, mais conhecido como “Dia Internacional da Mulher”. Hoje vocês não receberam flores, nem homenagens estampadas nas redes sociais. Hoje não há propagandas na TV agradecendo pelas vossas vidas, muito menos shoppings lotados de esposos em busca do presente ideal para suas amadas. Hoje é apenas mais um dia comum de vossas rotinasVocês, possivelmente, como todos os dias, se dirigiram à Universidade Federal do Rio Grande do Norte para assistir e/ou ministrar suas aulas. Tudo aparentemente normal. Porém, caras mulheres, infelizmente hoje pode, como em um piscar de olhos, acabar se tornando o dia mais traumático de vossas vidas. Se não hoje, amanhã. Ou depois de amanhã. Ou, ainda, na semana que vem. A qualquer momento, no meio da sua rotina diária, quando você menos esperar, pode aparecer um sujeito aparentemente normal e despejar em você uma tonelada de preconceito, machismo e falta de respeito. Esse sujeito aparentemente normal pode se achar no direito de te perseguir pelos corredores da Universidade praticando aquele que podemos chamar do pior tipo de assédio: o assédio sexual. 
   “Como assim ninguém fez nada?” Perdi as contas de quantas vezes eu li essa frase, enquanto rolava os comentários de uma publicação no Facebook. 
Na última terça-feira (28), o relato de uma vítima de assédio sexual chocou os leitores da página Spotted UFRN 2.0, no Facebook. No depoimento, a moça – que preferiu não se identificar – conta o drama que viveu ao sair de sua aula na UFRN, às 12h40, e ser perseguida por um homem até a parada do ônibus Circular, próximo ao Via- Direta. O assediador despiu-se diante dela, ameaçando-a. “Tive medo, nojo, raiva, pavor. Ódio. Gritei por socorro e arremessei minha mochila nele. Gritei novamente, mas ninguém parecia me ouvir. Tive a sensação de ser uma alma penada em meio a uma multidão de pessoas vivas, pois todas olhavam, mas ninguém fazia nada. ABSOLUTAMENTE NADA!”, declara a estudante. 
  Como a vítima não se identificou, não há comprovações de que o relato seja verídico. No entanto, sendo verdade ou não, esse depoimento me causou repúdio e medo. Além disso, me chamou atenção os comentários dos internautas na publicação. Enquanto algumas mulheres questionavam o porquê de ninguém ter feito nada diante daquela situação absurda, outras se solidarizavam e testemunhavam dramas reais, semelhantes a esse, que também viveram dentro da UFRN. Na sala de aula, nos corredores, nos banheiros, nas paradas de ônibus, no Circular. De dia, de tarde, de noite. O assédio sexual dentro da Universidade, infelizmente, existe. Isso é real! E, assim como aquelas quase 600 pessoas que comentaram a publicação, o questionamento revoltante que me vem à mente é: “Como assim ninguém faz nada?” 
  Por isso, mulheres, faço um apelo a vocês. Vamos unir nossas forças e fazer alguma coisa. Não podemos permitir que mais casos como esse se repitam. Precisamos estar atentas umas às outras e procurar ouvir os pedidos de socorro que ecoam pelos mais diversos lugares daquela instituição. Ouçamos os gritos, mas também enxerguemos os passos apressados e os olhares apreensivos. Não nos calemos diante da perseguição e da falta de respeito que, por vezes, nos rodeiam. Que possamos ter a certeza de que não estamos sozinhas, de modo a não permitir que, diante de situações como a que foi relatada, o grito da vítima seja abafado. Só nós, mulheres, sabemos como é difícil, todos os dias, sair de casa carregando consigo um medo de, a qualquer momento, um sujeito aparentemente normal surgir ao nosso lado com a intenção de fazer uma crueldade. Só nós, mulheres, sabemos o que é se sentir vulnerável em absolutamente todos os lugares que frequenta. Na universidade, no trabalho, na rua, em qualquer lugar.  
  Portanto, queridas mulheres, não nos calemos diante de situações como essa e tenhamos a atitude de denunciar todos os casos de assédio que presenciarmos. Assim, daremos o primeiro passo rumo a uma sociedade livre de “sujeitos aparentemente normais” que destroem o nosso psicológico, o nosso corpo e, principalmente, a nossa vida.
Letícia França

Para os casos que ocorrerem no interior da UFRN, procure a segurança local ou, ainda, denuncie por meio da Ouvidoria. Além disso, é importante se dirigir à delegacia mais próxima e registrar um Boletim de Ocorrência.

*Texto produzido para a disciplina de Língua Portuguesa, no curso de Jornalismo da UFRN.

Uma rua, mil lembranças

(Foto: José Filipe / Fim de tarde na Rua Escritora Myriam Coeli)

Letícia França

Quando recebi a missão de escrever sobre a rua na qual resido, automaticamente passei a observá-la com novos olhos. Percebi os detalhes que, até então, nunca tinham chamado a minha atenção. Forcei-me a ressaltar suas qualidades e investigar a sua história. O engraçado é que, em um primeiro instante, achei que não teria o que falar sobre ela; afinal, o que pode ter de tão interessante em uma rua a ponto de se escrever sobre isso? Após muito pensar, descobri que todo e qualquer assunto, independentemente de seu teor, pode render ótimos textos. Basta, para isso, usar a criatividade a seu favor.  
Passado esse momento de reflexão, vamos finalmente falar sobre ela: a simples, singela e acolhedora Rua Escritora Myriam Coeli. Localizada na zona oeste da cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, possui duas extremidades bastante distintas, as quais são delimitadas pelo cruzamento com a Avenida Potiguares. Por causa disso, além de aparentar serem duas ruas em uma só, essas extremidades pertencem cada qual a um bairro: Lagoa Nova e Dix-Sept Rosado. Por isso, nunca sei dizer exatamente em qual bairro moro. Meus vizinhos dizem que moramos em Lagoa Nova, mas as correspondências que chegam pelos Correios sempre ditam Dix-Sept Rosado. É confuso, mas no final o que importa é que: resido na Rua Escritora Myriam Coeli, e que honra tenho disso! 
Honra? Explico! Pesquisando a biografia da escritora que dá nome ao endereço da minha casa, descobri fatos admiráveis sobre ela: Myriam Coeli nasceu na região Norte do país, em 1926, mas com apenas dois meses de idade mudou-se para São José do Mipibu/RN, local onde viveu por anos. Teve uma vida acadêmica exemplar e destacou-se como sendo um dos nomes mais representativos da intelectualidade potiguar. Sempre lidou bem com as palavras, fato que fez dela professora, poetisa e jornalista. Numa época em que as redações dos jornais era lugar quase exclusivo para homens, Myriam Coeli conseguiu seu espaço e honrou sua profissão de jornalista, sendo – segundo relatos – a primeira mulher do Rio Grande do Norte a atuar nessa área.  
O mais interessante é que só agora tive a curiosidade de pesquisar sobre a escritora e tamanha foi a minha surpresa ao descobrir sua atuação no jornalismo. E, mais que isso, perceber que ela dá nome à rua em que moro desde a minha infância – época em que eu, apesar da pouca idade, decidi o que eu queria ser quando crescesse: isso mesmo, jornalista! Coincidência ou destino? Não sei! Mas vamos continuar esse texto, pois ainda tenho muito a falar (quem diria, né?). 
Paralelepípedos tortos e alguns buracos pelo caminho trazem consigo muitas histórias para contar. Os vizinhos, hoje beirando a velhice, se conhecem desde a infância. Meu pai, por exemplo, tinha apenas sete anos de idade quando se mudou para lá com os meus avós. Com muito esforço, construíram uma grande casa na extremidade de Dix-Sept Rosado, abrigando, por muito tempo, cinco filhos e mais os primos agregados. Quando nasci, meu pai construiu um primeiro andar em cima dessa casa e moramos por lá durante anos. Tive uma infância memorável! Diferentemente dos dias atuais, lugar de brincar era na rua e os meus melhores amigos eram as crianças da vizinhança. Toda tarde, a rua Escritora Myriam Coeli virava casinha de boneca, campo de futebol, escolinha, pista de corrida, ciclovia etc. Inúmeras eram as brincadeiras e a diversão era sempre garantida. Por vezes, chão cinza da rua fez sangrar o meu joelho, mas as cicatrizes que ficaram me fazem lembrar com carinho de uma Myriam Coeli que, infelizmente, não volta mais.  
Quando eu tinha por volta dos onze anos, a minha família decidiu se mudar. Foi como um parto para mim. Dar adeus não foi nada fácil! Demorei para me acostumar a viver em um novo endereço, onde não havia os mesmos vizinhos, nem a mesma tranquilidade, nem os mesmos paralelepípedos tortos; não havia mais a capelinha das missas aos domingos, nem o mercadinho de “Seu Damião” para comprar o lanche da tarde. O novo endereço era feito de asfalto, trânsito e movimentação. Andar de bicicleta? Nem pensar! Brincar com os vizinhos? Jamais, eu nem sabia o nome deles!  
Mas a saudade nos fez voltar. Em 2013, o meu pai construiu uma nova casa para a nossa família. Na mesma rua Myriam Coeli, porém, dessa vez, na outra extremidade: Lagoa Nova. A única semelhança são os paralelepípedos tortos, visto que os vizinhos se mudaram, a tranquilidade deu lugar à insegurança e o silêncio nas calçadas denuncia que não há mais crianças brincando por lá. Infelizmente, andamos com medo e apressados; e os portões vivem sempre trancados. Apesar de tudo isso, no entanto, a Rua Escritora Myriam Coeli continua sendo o meu lar, que abriga mil lembranças boas e que me presenteia, todos os dias, com um pôr do sol bonito de se ver.  

*Texto produzido para a disciplina de Laboratório de Linguagem Jornalística, do curso de Jornalismo da UFRN. 

domingo, 5 de fevereiro de 2017

4 anos de muita história pra contar



4 anos de muita história pra contar

05 de fevereiro de 2013. Um, dois, três, quatro anos. E cá estamos nós: felizes com mais um dia 05 de fevereiro. Por isso, hoje decidi não poupar palavras. Decidi que preciso falar de você, de mim e desse "nós" que tanto me enche de gratidão. 

Lembro-me claramente daquela terça-feira à noite, lá no início de 2013, quando tudo isso oficialmente começou. Saímos apressados do IF para não perder o ônibus das 18h. Era dia de ir pro Shalom, para o nosso grupo de oração (Saudades, Hesed!). Tudo estava aparentemente normal. Rotina comum de uma terça-feira. Fazíamos isso sempre. Mal sabia eu que de comum aquele dia não teria nada. Chegando no Shalom, Deus veio confirmar aquilo que o meu coração já sabia há tempos: "é ele!" Então foi ali, naquela salinha apertada do Shalom, ao lado dos nossos irmãos de grupo, que eu disse sim para a maior e mais linda aventura que eu já me permiti viver: o nosso namoro. O dia 5 de fevereiro passou, então, a ser a nossa data favorita. 

Mas a verdade é que o sentimento já tinha nascido MUITO antes. Nos conhecemos na infância e, apesar das nossas memórias daquela época não serem tão nítidas, é maravilhoso saber que hoje namoro um alguém que, quando criança, brincava comigo pelos corredores do Shalom. É aquela coisa: Deus já tinha preparado tudo! 

Acamp's de 2012. Nos reencontramos. Em algum momento do acampamento, o cara no microfone orientou "procure alguém que você ainda não conhece". Olhei pro lado e te vi. Sorrimos um pro outro, como meros desconhecidos. Formamos dupla, cantamos, dançamos e tchau. Cada um foi pro seu lado. Meros desconhecidos, afinal. Depois te vi novamente no ônibus quando estávamos voltando para casa, mas você não me viu (eu acho). E essas são as duas únicas lembranças que tenho de você naquele Acamp's. 

Primeiro dia do grupo de oração. Lá estava você! "Deixa eu tirar uma dúvida: seu nome é André ou Victor?", perguntei. "Os dois!", você disse, e rimos. (14 anos. Isso justifica o diálogo infantil, ok?) Uma semana depois: segundo dia do grupo de oração. "Eu acho que te conheço de algum lugar", dizíamos um ao outro. Pensamos, pensamos, pensamos e... "Ai meu Deus, a gente brincava junto quando era criança!" Enfim, lembramos! 

E foi assim que tudo começou. Passamos de meros desconhecidos para colegas. Após algumas conversas, viramos amigos. Nos adicionamos no Facebook e passamos a nos falar todos os dias, o tempo inteiro. Tínhamos muitas coisas em comum, mas a principal delas era o fato de sermos calouros do IFRN. Você em eletrotécnica vespertino. Eu em administração matutino. Mas a diferença de turnos não era um problema. Nos horários vagos, nos encontrávamos na biblioteca para você me ensinar física. E foi assim que passamos de amigos para melhores amigos. 

Então o meu melhor amigo virou o meu amor. Nos apaixonamos do mesmo jeito que alguém pega no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para a outra. (roubei essa frase de um filme). Certo dia, no meio da minha rotina louca, recebi um SMS em que dizia: "Eu te amo, Lelê!" Chequei o remetente: "Andrézito". Precisei ler a mensagem umas dez vezes seguidas até ter certeza de que aquilo era real. Só sorri, fechei os olhos e agradeci a Deus pelo sentimento recíproco que ali nascia. 

No início, foi preciso enfrentar alguns pequenos obstáculos. Mas, depois que deu tudo certo, chegamos à conclusão que a graça estava justamente nas dificuldades (como tudo na vida!) Enfim, começamos a namorar. E assim volto ao início deste texto: 05 de fevereiro de 2013.

Quatro anos já se passaram e muita coisa aconteceu de lá pra cá. Vivemos momentos incríveis, inesquecíveis e indescritíveis. Crescemos e amadurecemos juntos. Saboreamos a vida, fizemos novas amizades, demos risadas. Torcemos um pelo outro e, de mãos dadas, estivemos juntos nas nossas melhores e maiores vitórias. Nos amamos! Descobrimos falhas, pisamos na bola, fomos sugados pela rotina e, por um fio, não jogamos tudo por alto. Choramos, brigamos e apertamos o botão de "pausa". Quase acabou. Mas um sentimento chamado amor nos fez ficar e recomeçar. E tentar de novo. E mudar pra melhor! E deu certo. E tem dado certo. E tenho certeza que dará sempre certo, porque o que nos une vai muito além de qualquer diferença. "A diferença não faz diferença", e assim seguimos conversando sobre a vida e planejando tudo que ainda temos para viver. Já estamos juntos há 1460 dias, mas sei que isso é apenas o começo de uma aventura que não tem previsão para acabar. 

Confesso que chega a ser difícil lembrar de como era a minha vida quando você não estava nela, e mais difícil ainda é imaginar um futuro em que você não esteja. Encontrei em você a minha felicidade e é impossível explicar em palavras o quanto sou grata por tudo isso. A sintonia, o companheirismo e a cumplicidade que temos me faz acreditar que os nossos destinos foram realmente traçados na maternidade. 

Um "muito obrigada" jamais será suficiente para expressar o tamanho da minha gratidão por você. Meu bê, meu príncipe, meu mor... Obrigada por ser você! Você que me conhece mais que eu mesma, que sabe de cor todas as minhas manias, que tem o abraço mais confortante e quentinho. Você que ouve com atenção os meus desabafos e sempre sabe o que dizer. Você que reconhece de longe a minha TPM e traz chocolate pra me deixar melhor. Você que apoia as minhas ideias e sempre me explica algo novo. Que assiste filmes de amorzinho comigo, que me ensina sobre super-heróis e rock. Você que me dá flores e aprende no violão as minhas músicas favoritas. Você que esbarrou comigo pelas estradas da vida e topou ser pra sempre meu companheiro de viagem. Você que é assim... Do jeitinho que é! Obrigada por isso e por tudo, mas principalmente por me mostrar o que é amor. 

Feliz 4 anos de muita história pra contar! <3 A cada dia, te amo infinitamente mais.

Com carinho,
Doutora Lelê.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

5 penteados para arrasar no verão


Oi, gente! A verdade é que, no verão, a gente faz de tudo para amenizar o calor. Eu mesma, por ter um cabelo muito grande, sempre acabo decidindo ficar com ele preso nesse período mais quente. Porém, para fugir do convencional, decidi trazer 5 IDEIAS DE PENTEADOS PARA ARRASAR NO VERÃO! Você acaba com o calor e ainda fica com o cabelo lindo! 

Dá o play: